​Paris à beira de confinamento aos fins de semana, admite Governo francês
17-03-2021 - 16:10
 • Agências

Taxa de incidência de casos reportados nos últimos sete dias na região continua a crescer e chegou a 418 novos casos por 100 mil habitantes.

Veja também:


O governo francês admite impor novas restrições em Paris, incluindo confinamento domiciliário aos fins de semana, para reduzir para metade o número de infeções por coronavírus, dada sobrecarga dos serviços de saúde.

"É hora de implementar medidas" para a região de Paris, alertou o primeiro-ministro Jean Castex, na noite de segunda-feira, véspera de uma reunião de gabinete convocada pelo presidente Emmanuel Macron no início desta terça-feira.

"Confinamento aos fins de semana é uma hipótese", acrescentou Castex.

O ritmo de circulação do vírus, marcado pela disseminação da variante inglesa, considerada mais contagiosa, não pára de crescer na região parisiense, a mais populosa do país, com 12 milhões de habitantes.

A taxa de incidência de casos reportados nos últimos sete dias na região continua a crescer e chegou a 418 novos casos por 100 mil habitantes, muito acima do chamado limite de "alerta máximo" de 250 imposto pelas autoridades sanitárias.

Para evitar um colapso dos hospitais da capital, as autoridades começaram esta semana a transferir pacientes com Covid-19 em estado grave para estabelecimentos de outras regiões menos afetadas. O confinamento domiciliário aos fins de semana será uma nova estratégia implementada por Macron que pretende evitar, a todo custo, um terceiro confinamento nacional, uma medida que seria devastadora para a economia, dizem os especialistas.

A nível nacional, vigora há dois meses o recolher obrigatório noturno, entre as 18h00 e as 6h00.

Restaurantes, cafés, bares, museus e cinemas estão fechados desde o final de outubro. Soma-se a isso, o atraso na campanha de vacinação.

O processo foi interrompido na segunda-feira, depois de cerca de 15 países - entre eles França, Espanha e Alemanha - suspenderam a administração da vacina da AstraZeneca por suspeita de problemas relacionados com tromboses e embolias.