Pedro Nuno Santos foi este sábado eleito o novo secretário-geral do Partido Socialista, com 62% dos votos, elegendo 909 delegados, segundo os resultados provisórios anunciados pelo partido.
O antigo ministro das Infraestruturas bateu José Luís Carneiro, cotado com a ala mais próxima ao "costismo", que obteve 36% e elegeu 407 delegados, e Daniel Adrião, que ficou com apenas 1% e elegeu cinco delegados.
Pedro Nuno Santos, de 46 anos, assumiu um discurso ideológico mais moderado do que lhe é característico, mas foi sempre conotado com a ala esquerda do PS, apresentando o partido como sendo "a plataforma política que melhor promove a concertação entre empresários e trabalhadores".
Uma das preocupações centrais de Pedro Nuno Santos continua a ser os "salários dignos", mas salienta que "não teremos salários dignos sem empresas fortes e rentáveis" ou ainda "não conseguiremos salários dignos desprezando as empresas e trabalhadores".
Foi deputado na X e XII Legislaturas, secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares do primeiro Governo de Costa - e uma da figuras dos acordos da Gerigonça com BE, PCP e PEV - e, por fim, ministro das Infraestruturas.
Foi enquanto ocupou essa pasta que foi desautorizado pelo primeiro-ministro por causa de um despacho sobre o aeroporto de Lisboa. Nesta campanha interna, assumiu "defeitos, erros e cicatrizes" que carrega e "fazem parte" da vida. Mas, segundo o próprio, "mais importante do que assumir os nossos erros é saber o que fazer com eles".
Pedro Nuno Santos vai tomar posse como secretário-geral e suceder, oficialmente, a António Costa no Congresso do PS que se realiza entre 5 e 7 de janeiro.
O evento socialista vai contar com 1.600 delegados eleitos e mais 1.100 com direito de inerência, num universo de 80 mil militantes socialistas que, para votarem, terão de possuir quotas regularizadas até 30 de novembro.
[Atualizado às 23h15]