António Costa deixou, esta segunda-feira, a porta aberta a um possível alargamento do Passe Ferroviário Nacional a comboios interregionais e intercidades. A proposta foi lançada por Rui Tavares, deputado do Livre, no primeiro dia de debate da proposta de Orçamento do Estado para 2024 na generalidade.
O Passe Ferroviário Nacional foi uma proposta de alteração ao Orçamento do Estado para 2023, aprovada pelo Governo. Este passe está à venda desde o dia 1 de julho, custa 49 euros por mês e pode ser adquirido nas bilheteiras da CP. No entanto, é válido apenas para os comboios regionais.
Em julho, após o anúncio da entrada em vigor do Passe Ferroviário Nacional, Rui Tavares disse à Renascença que iria propor o alargamento do título de viagem na discussão do Orçamento do Estado para 2024. E assim fez.
"É muito importante agora alargar o Passe Ferroviário Nacional e estudar a hipótese de implementação, pelo menos comboios interregionais e, possivelmente, nos intercidades", disse o líder do Livre esta tarde, na Assembleia da República. Em resposta, o primeiro-ministro abriu a porta a essa possibilidade.
"Obviamente temos toda a disponibilidade e interesse em prosseguir o debate, que tem sido construtivo ao longo destes orçamentos consigo, designadamente relativamente à política de transportes públicos e à possibilidade de podermos ver em que medida é possível alargar as condições para a utilização de passes no conjunto dos transportes públicos", declarou António Costa.
Atualmente, o Passe Ferroviário Nacional abrange pouco mais de 7% dos passageiros transportados pela CP. A restrição aos comboios regionais cria situações estranhas para quem queira viajar com este passe em zonas como a Linha do Douro, ou numa ida à Figueira da Foz.