A administração da Rodoviária de Lisboa (RL) disse hoje que a adesão à greve dos trabalhadores da transportadora ronda os 55%, contra os 70% indicados pelo sindicato representativo.
"A Rodoviária de Lisboa informa que a taxa de adesão à greve de hoje ronda os 55%", indicou fonte da administração da empresa, numa nota enviada à agência Lusa.
Contudo, o presidente do Sindicato Independente dos Trabalhadores da Rodoviária de Lisboa (SITRL), João Casimiro, falou uma adesão a rondar os 70%", como anteriormente previsto por esta estrutura.
O sindicalista adiantou também que muitas carreiras têm estado a ser suprimidas devido à greve ao trabalho extraordinário que está também a decorrer.
O protesto de 24 horas convocada para hoje é mais uma ação de luta dos trabalhadores da RL para reivindicar "salários dignos" da profissão que exercem, indicou na semana passada João Casimiro, explicando que, "neste caso, um motorista de transportes públicos tem 700 euros de ordenado base, quando noutras empresas de transporte público já se atingiu o valor dos 750 [euros] em acordo".
Segundo o presidente do SITRL, os sindicatos que representam os trabalhadores da RL estão disponíveis para negociar com a administração da empresa, que se faz representar pela Associação Nacional de Transportes de Passageiros (ANTROP), mas tal foi recusado.
"A nossa luta, basicamente, é reivindicar ordenados base dignos da nossa profissão", reforçou o presidente do SITRL, adiantando que os trabalhadores vão continuar a marcar mais greves, inclusive hoje, em que decidirão em plenário as próximas datas.
A Rodoviária de Lisboa, empresa de transporte rodoviário de passageiros, opera nos concelhos de Lisboa, Loures, Odivelas e Vila Franca de Xira, todos no distrito de Lisboa, servindo cerca de 400 mil habitantes.