Síria. Para os EUA, “todas as opções estão em aberto"
06-04-2017 - 00:28

O balanço mais recente da tragédia em Idlib aponta para 86 mortos, incluindo 30 crianças e 20 mulheres.

O vice-presidente dos Estados Unidos diz que “todas as opções estão em aberto” em relação à Síria. O alegado ataque com químicos fez 86 mortos e 160 feridos.

Em entrevista à Fox News, Mike Pence acrescenta que é tempo de a Rússia aprovar a eliminação de armas químicas na Síria.

De acordo com o mais recente balanço do alegado ataque químico contra a povoação síria de Khan Cheikhoun, na província de Idlib, o número de mortos aumentou para 86, avança o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

“Há 30 crianças e 20 mulheres entre as vítimas”, um balanço mais elevado devido à morte de feridos graves, precisou esta noite a OSDH.

Os Estados Unidos e a Turquia já responsabilizaram o regime do Presidente sírio, Bashar al-Assad, pelo ataque.

A Rússia, um dos principais aliados de Assad, alega que foi uma fuga de gás provocada por um ataque aéreo sírio a um depósito de armas químicas, numa zona controlado pelos rebeldes.

Dezenas de pessoas, incluindo crianças, foram mortas num suposto raide aéreo registado na terça-feira sobre Khan Cheikhoun, um bastião rebelde e jihadista do noroeste sírio. Segundo médicos no local, os sintomas revelados pelos pacientes são semelhantes aos registados nas vítimas de ataques químicos, designadamente pupilas dilatadas, convulsões e espuma saindo da boca.

O ataque impeliu diversos países ocidentais a questionarem o regime de Bashar al-Assad. Damasco continua a negar qualquer envolvimento no ataque, enquanto Moscovo considerou “inaceitável” um projecto de resolução apresentado na ONU por Estados Unidos, França e Reino Unido, que condena o ataque de terça-feira.

No decurso de uma reunião de urgência do Conselho de Segurança (CS), a embaixadora dos Estados Unidos, Nikki Haley, fustigou a Rússia por não ter conseguido “moderar” o seu aliado sírio, ao interrogar-se de “quantas crianças vão ainda morrer antes que a Rússia se preocupe?”.