O aumento das capturas de bacalhau pode não ser uma boa notícia para os consumidores portugueses.
Mais de 3 décadas depois - a frota nacional vai poder voltar a pescar bacalhau nas águas do Canadá. Uma notícia que o setor considera positiva, mas que não terá repercussão no mercado nacional que utiliza sobretudo bacalhau importado.
À Renascença, Luís Vicente, secretário-geral da Associação de Armadores de Pesca Industrial, afasta, por isso, um cenário de descida de preços ao consumidor em 2025. Até porque, diz, o cenário é de redução global das quotas de captura.
“A nível mundial, especialmente aqui no Hemisfério Norte, o que esperamos é uma redução das capturas agregadas de todos os países em 2025, portanto não esperaria uma redução de preços por via de aumento de oferta, pelo contrário”, diz Luís Vicente.
O responsável prevê que o preço do bacalhau, enquanto produto pescado, “provavelmente vai aumentar em 2025”.
“Para o setor da pesca não é negativo”, assinala Luís Vicente, defendendo que é preciso “pensar juntamente com os parceiros da transformação e da distribuição o que é que isto significa”.
Para além do acordo sobre a pesca do bacalhau, da reunião de Bruxelas saiu, ainda, a indicação de que Portugal vai poder pescar mais de 18 mil toneladas de peixe em 2025. São mais 560 toneladas do que este ano.