A prestação da casa paga no crédito à habitação vai subir significativamente em julho nos contratos indexados à Euribor a três e seis meses, face às últimas revisões, segundo a simulação da Deco/Dinheiro&Direitos.
Um cliente com um empréstimo no valor de 150 mil euros, a 30 anos, indexado à Euribor a seis meses e com um 'spread' (margem de lucro do banco) de 1%, passa a pagar a partir deste mês 493,70 euros, o que traduz uma subida de 47,87 euros face à última revisão em janeiro.
Já no caso de um empréstimo nas mesmas condições (valor e prazo de amortização), mas indexado à Euribor a três meses, o cliente passa a pagar 476,17 euros, mais 27,06 euros do que paga desde abril.
Estes valores foram calculados tendo em conta as médias da Euribor no mês de junho, de 0,162% a seis meses e de -0,239% (ainda em terreno negativo) a três meses.
Já nos empréstimos indexados à Euribor a 12 meses, a prestação da casa - para um empréstimo nas condições referidas - será de 543,39 euros a partir de julho. Neste caso, o valor foi calculado tendo em conta a média da Euribor em junho, que a 12 meses foi de 0,852%.
Euribor a subir desde fevereiro
Desde final de 2021 que acabaram as moratórias do crédito, que foram uma importante folga para as famílias nos momentos mais agudos da crise da pandemia.
As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 4 de fevereiro, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro.
As taxas Euribor são o principal indexante em Portugal nos contratos bancários que financiam a compra de casa. A Euribor a seis meses é a mais usada, seguida da taxa a três meses.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.