Legislativas: Catarina Martins promete defender quem trabalha contra "lei da selva" da direita
22-01-2022 - 19:52
 • Lusa

A coordenadora bloquista, Catarina Martins, garantiu hoje que, "onde a direita quer a lei da selva", será "a força do BE que vai defender quem trabalha", recusando que a legislação laboral trate os jovens como "carne de canhão".

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A coordenadora bloquista, Catarina Martins, garantiu hoje que, "onde a direita quer a lei da selva", será "a força do BE que vai defender quem trabalha", recusando que a legislação laboral trate os jovens como "carne de canhão".

No Porto, círculo eleitoral pelo qual Catarina Martins volta a ser cabeça de lista nas eleições legislativas de 30 de janeiro, o BE promoveu esta tarde um dos maiores comícios até agora desta campanha, com um discurso duro apontado à direita e com foco nos mais jovens e na legislação laboral.

"A mentira da direita de que o que falta às gerações mais jovens para não viverem com o coração nas mãos, do contrato de trabalho que nunca chega ou do salário que nunca chega, depende do mérito ou da qualificação ou de ser um colaborador disponível, é só mesmo isso: uma mentira para o abuso, uma mentira para manter quem trabalha sem direitos, para manter quem trabalha sem salário e é contra a mentira que aqui estamos", afirmou, prometendo lutar "por um país com direitos".

Para Catarina Martins, "um estágio é um estágio" e depois deste "tem de vir um contrato de trabalho", criticando ainda o longo período experimental em vigor e os contratos a prazo sucessivos.

"Onde a direita quer a lei da selva é a força do Bloco de Esquerda que vai defender quem trabalha", prometeu, num claro apelo ao voto das gerações mais jovens e precárias.

O que falta em Portugal, segundo a líder do BE, "não é nem a qualificação das gerações mais jovens", nem "o mérito de quem trabalha e dá tudo no seu trabalho" e muito menos "empenho e vontade".

"O que falta sim é a lei do trabalho e a inspeção do trabalho que respeite todas as gerações e que não diga que os mais jovens são carne de canhão de uma economia de baixos salários que não dá perspetivas a ninguém", afirmou.