A China está a realizar exercícios navais com porta-aviões, perto de Taiwan, visando "salvaguardar a soberania chinesa", numa aparente alusão à reivindicação de Pequim sobre a ilha autónoma.
A Marinha chinesa disse que os exercícios que envolvem o Liaoning, um dos seus dois porta-aviões, são rotineiros e agendados anualmente.
A China tem aumentado a ameaça de assumir o controlo da ilha militarmente com exercícios e incursões de rotina na zona de identificação de defesa aérea de Taiwan, com aviões de guerra chineses.
O comunicado da Marinha não detalhou quando é que os exercícios começaram ou quanto tempo vão durar, mas disse que mais exercícios deste tipo vão ser realizados no futuro.
Os exercícios navais visam "ajudar a melhorar a capacidade de salvaguardar a soberania nacional, a segurança e os interesses de desenvolvimento" da China.
O Governo democraticamente eleito de Taiwan recusou-se a ceder às exigências de Pequim de reconhecer a ilha como parte do território chinês.
A China opera dois porta-aviões, dos quais o Liaoning, originalmente adquirido à Ucrânia, é o primeiro, tendo operado em função de combate desde pelo menos 2019.
Oficiais militares e observadores dos EUA alertaram recentemente sobre o aumento das ameaças chinesas contra Taiwan, que se separou do continente, após a guerra civil chinesa.
Os EUA concordaram recentemente vender aviões de guerra, mísseis e outros equipamentos defensivos atualizados para Taiwan e a ilha também está a revitalizar as suas próprias indústrias de Defesa, incluindo um programa de desenvolvimento de submarinos.
O primeiro-ministro japonês, Yoshihide Suga, disse no domingo que o Japão vai cooperar com os Estados Unidos para acalmar as crescentes tensões entre a China e Taiwan.
Suga afirmou que a paz e a estabilidade de Taiwan são fundamentais para a região.
Suga deve reunir com o Presidente norte-americano, Joe Biden, em Washington, nos próximos dias, a primeira cimeira presencial do líder dos EUA desde que assumiu o cargo em janeiro.