A Seat Portugal suspendeu a venda dos automóveis que tem em stock e que podem ter o software manipulador de emissões poluentes. Segundo fonte contactada pela Renascença avança que em causa estão 50 viaturas a gasóleo, equipadas com o motor EA 189”, sublinhando que esta é uma medida preventiva.
A marca de automóveis, adquirida pela Volkswagen na década de 1980, decidiu "suspender temporariamente as vendas e as entregas de todos os veículos Seat novos com motor a diesel EA189" e lançar uma página de internet para responder às perguntas dos seus clientes.
A Seat Portugal garante que logo que o grupo indique quais os automóveis afectados, irá contactar cada cliente para explicar como proceder.
Segundo o representante, o Seat Leon está fora desta polémica, assim como os carros mais recentes, que já cumprem a norma europeia “Euro 6”.
Já a SIVA, representante em Portugal da Audi, Skoda e Volkswagen - contactada pela Renascença - ainda não esclareceu que procedimentos vai tomar relativamente a esta questão, nem o número de veículos potencialmente afectados.
A marca alemã anunciou esta terça-feira que vai recolher os 11 milhões de carros a diesel com software, que falseava o desempenho dos motores relativamente às emissões poluentes.
A 18 de Setembro, a Agência de Protecção do Meio Ambiente dos Estados Unidos acusou a Volkswagen de falsear o desempenho dos motores em termos de emissões de gases poluentes através de um software incorporado no veículo, incorrendo numa multa que pode ir até aos 18 mil milhões de dólares (cerca de 15,9 mil milhões de euros). Dois dias depois, a VW reconheceu ter falseado os dados em 11 milhões de veículos.
O escândalo manchou o nome da VW, deixando-a exposta a milhares de milhões de dólares em multas nos Estados Unidos, com investigações desde a Noruega até à Índia, e que desvalorizou a empresa num terço do seu valor em bolsa numa semana.
Um estudo revela "abismo" entre testes anti-emissões e desempenho real dos carros. A investigação, da autoria da European Federation for Transport and Environment (AISBL), entidade que trabalha com a Comissão Europeia, foi divulgado segunda-feira pelo “Dinheiro Vivo”, revela que a Volkswagen "é ponta do iceberg" e que a "Mercedes, BMW e Peugeot distorcem dados".