O líder parlamentar do PSD disse esperar que "todos os deputados" respeitem o sentido de voto contra que o partido definiu para o Orçamento do Estado, admitindo que a bancada possa acompanhar muitas das propostas do PSD-Madeira.
No final da reunião da bancada do PSD, Paulo Mota Pinto disse ter-se tratado de "uma reunião de trabalho de preparação do debate e votação na especialidade do Orçamento", que começa na segunda-feira e se estenderá por toda a semana.
"Estivemos a analisar o conjunto e temas sobre que incidem as nossas propostas, também propostas de outros partidos, critérios políticos de votação das propostas", explicou.
Questionado se foi abordada a reunião dos três deputados do PSD-Madeira com o Governo sobre o Orçamento - o PSD não foi convidado -, o líder parlamentar respondeu negativamente.
"Em relação às propostas que foram apresentadas pelos deputados da Madeira, vamos analisá-las segundo o seu mérito intrínseco, a sua substância, não vamos votar contra ou abster-nos só por não serem subscritas por todo o grupo parlamentar, podemos acompanhar muitas delas", disse.
Já sobre o que fará caso estes deputados votem de forma diferente da bancada a proposta orçamental do Governo, Mota Pinto não quis adiantar se poderá haver uma participação ao Conselho de Jurisdição Nacional do partido, como aconteceu por várias vezes no passado em situações semelhantes.
"Quanto ao sentido de voto no Orçamento, o PSD definiu um sentido de voto, esperemos que todos os deputados respeitem esse sentido de voto, neste momento não posso dizer mais nada", afirmou.
Na quarta-feira, a Renascença noticiou que o líder do PSD-Madeira e presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, revelou que o executivo do PS aceitou duas reivindicações dos deputados eleitos por este círculo, uma relativa a um "acerto" no imposto sobre o rum que é produzido na Madeira e outra para dar andamento ao processo de inscrição de empresas no Centro de Negócios.
Miguel Albuquerque admitiu que a aceitação dessas propostas poderia fazer alterar o sentido de voto na votação final global do Orçamento do Estado, marcada para dia 27.
"Vamos ver como votam, mas eram assuntos de interesse nacional que tinham de ficar resolvidos", respondeu Miguel Albuquerque à Renascença.