Dois milhões de crianças sírias em risco de desnutrição
24-09-2013 - 00:44
Organização humanitária britânica faz relatos de crianças que têm vivido de plantas e pão durante dias e cita ainda o caso de uma família que se alimentou apenas de pão durante quatro dias, depois de se ter refugiado no sótão de uma casa, no seguimento de explosões.
Mais de dois milhões de crianças sírias estão em risco de desnutrição em resultado do conflito no país, alertou na segunda-feira a organização humanitária britânica "Save the Children" (Salvem as Crianças).
A organização não-governamental (ONG) afirmou, em comunicado, que os afectados pelos confrontos bélicos na Síria não têm podido comprar alimentação em quantidade suficiente, além de que os preços alimentares têm subido e há dificuldades para a produção de alimentos.
Nas zonas rurais de Damasco, um em cada 20 menores já está subnutrido, quantificou a ONG, que reuniu testemunhos de pessoas refugiadas nos países vizinhos, que denunciaram as dificuldades das famílias para alimentar os filhos.
A ONG relatou que muitas crianças têm vivido de plantas e pão durante dias e cita ainda o caso de uma família que se alimentou apenas de pão durante quatro dias, depois de se ter refugiado no sótão de uma casa, no seguimento de explosões.
A falta de alimentos disparou os despectivos preços para níveis que chegaram a duplicar os valores iniciais, segundo a organização.
"A comunidade internacional fez muito pouco e muito tarde. Os meninos da Síria têm sido alvejados e bombardeados e vão ficar traumatizados pelo horror da guerra. O conflito deixou milhares de crianças mortas e agora há uma ameaça de escassez de meios para sobreviver", disse o director da organização, Justin Forsyth.
Este dirigente acrescentou que as crianças sírias estão "sós e traumatizadas" pela guerra.
"Mesmo que o mundo não consiga colocar-se de acordo sobre como acabar com o conflito, de certeza que pode colocar-se de acordo em que a ajuda deve chegar a cada criança que dela necessite na Síria. Não há espaço para adiamentos ou argumentos. Não se devia deixar que as crianças da Síria passassem fome", insistiu.
O conflito na Síria começou em Março de 2011 como um protesto pacífico contra quatro décadas de governo da família Assad. Acabou por se tornar numa guerra civil, que já matou mais de 100 mil pessoas.
A organização não-governamental (ONG) afirmou, em comunicado, que os afectados pelos confrontos bélicos na Síria não têm podido comprar alimentação em quantidade suficiente, além de que os preços alimentares têm subido e há dificuldades para a produção de alimentos.
Nas zonas rurais de Damasco, um em cada 20 menores já está subnutrido, quantificou a ONG, que reuniu testemunhos de pessoas refugiadas nos países vizinhos, que denunciaram as dificuldades das famílias para alimentar os filhos.
A ONG relatou que muitas crianças têm vivido de plantas e pão durante dias e cita ainda o caso de uma família que se alimentou apenas de pão durante quatro dias, depois de se ter refugiado no sótão de uma casa, no seguimento de explosões.
A falta de alimentos disparou os despectivos preços para níveis que chegaram a duplicar os valores iniciais, segundo a organização.
"A comunidade internacional fez muito pouco e muito tarde. Os meninos da Síria têm sido alvejados e bombardeados e vão ficar traumatizados pelo horror da guerra. O conflito deixou milhares de crianças mortas e agora há uma ameaça de escassez de meios para sobreviver", disse o director da organização, Justin Forsyth.
Este dirigente acrescentou que as crianças sírias estão "sós e traumatizadas" pela guerra.
"Mesmo que o mundo não consiga colocar-se de acordo sobre como acabar com o conflito, de certeza que pode colocar-se de acordo em que a ajuda deve chegar a cada criança que dela necessite na Síria. Não há espaço para adiamentos ou argumentos. Não se devia deixar que as crianças da Síria passassem fome", insistiu.
O conflito na Síria começou em Março de 2011 como um protesto pacífico contra quatro décadas de governo da família Assad. Acabou por se tornar numa guerra civil, que já matou mais de 100 mil pessoas.