Mais de 430 mil refugiados e migrantes atravessaram o Mediterrâneo desde Janeiro e perto de 2.770 morreram ou são considerados desaparecidos, anunciou esta sexta-feira a Organização Internacional para as Migrações (OIM).
Mais de 310 mil do total de refugiados e migrantes chegou à Grécia, e 121 mil a Itália, refere a última avaliação efectuada pela organização internacional com sede em Genebra. A Espanha chegaram por sua vez 2.166 pessoas, e 100 a Malta.
A OIM especifica que 2.748 estão mortos ou são considerados desaparecidos no mar durante estas travessias.
Segundo o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR), em todo o ano de 2014 cerca de 3.500 migrantes e refugiados encontraram a morte ou foram considerados desaparecidos no Mediterrâneo.
No total, 432.761 pessoas chegaram ao continente europeu desde Janeiro, contra 219.00 para 2014.
Em 3 de Setembro, a OIM contabilizou a chegada de cerca de 364.000 pessoas à Europa provenientes de diversas regiões do Mediterrâneo. Este importante aumento dos números é designadamente explicado por uma melhoria do sistema de registo dos migrantes e refugiados pelas autoridades gregas, explicou à agência noticiosa AFP um porta-voz da OIM em Genebra.
A maioria dos refugiados que desembarcaram na Grécia são sírios, seguidos por afegãos, enquanto na Itália os eritreus são mais numerosos, seguidos por nigerianos e os somalis.
Hoje, diversos países europeus manifestaram a sua oposição ao sistema de quotas obrigatórias de acolhimento de refugiados sugeridas por Berlim e Bruxelas para integrar o fluxo ininterrupto de refugiados que se dirige para a Europa em condições controversas, como na Hungria.
Para sábado estão previstas manifestações de apoio aos imigrantes e refugiados em diversas capitais europeias.