Quem mora ou trabalha no coração de Lisboa pode entrar e sair de carro, durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ2023), mas com restrições em alguns momentos, esclarece à Renascença o autarca Carlos Moedas. Consulte aqui o mapa com as interdições.
Só na sexta-feira será divulgado oficialmente o plano de mobilidade para a JMJ e a visita do Papa Francisco, mas já foi antecipada a criação de uma espécie de Zona Vermelha no centro da capital, onde a circulação será completamente interdita.
Carlos Moedas apelou aos comerciantes para manterem as lojas abertas nos dias 1, 3 e 4 de Agosto e esclarece que quem mora ou trabalha na chamada zona vermelha não terá, propriamente, um livre trânsito total, porque haverá restrições pontuais, mas vai poder entrar e sair deste perímetro, no seu carro.
Com uma exceção: essa passagem não poderá coincidir com a passagem do Papa Francisco ou, por exemplo, com durante a missa de acolhimento aos peregrinos.
A zona vermelha abrange um perímetro bastante alargado da cidade que inclui, por exemplo, o eixo central da Avenida da Liberdade, a Praça do Comércio, o Rossio, o Marquês de Pombal, etc.
As pessoas que vivem ou trabalham na chamada zona vermelha, onde o trânsito será cortado a 1, 3 e 4 de agosto, têm passagem garantida? Podem entrar ou sair daquele perímetro de segurança no seu carro?
Carlos Moedas: Sim. As pessoas que lá moram podem ir para casa. Obviamente se estiverem no meio de um evento, quando está a acontecer um evento com o Papa, aí não conseguem entrar com o carro, mas isso vai ser, por exemplo, na missa de acolhimento.
Aí será muito difícil. Uma pessoa que vive na Avenida da Liberdade, não conseguiria. Mas no resto do tempo elas vão conseguir entrar e sair da Avenida da Liberdade, assim como aquelas que trabalham em toda aquela zona vermelha. Tudo isto vai ser anunciado no plano de mobilidade.
Estamos aqui a falar sobretudo de um perímetro de segurança que é definido pela Polícia de Segurança Pública. Obviamente que eu já dei a tolerância de ponto na sexta-feira e pedi a todos os funcionários que não têm ligação direta com a Jornada para trabalharem de casa remotamente.
Eu penso que quem não tem uma atividade comercial, quem não está num restaurante, quem não está numa loja ou se é funcionário de um escritório se puder, nesses dias, deve fazer trabalho remoto. E esse é um conselho que eu sei que também muitas empresas privadas já deram.
Mas fica então essa garantia: Quem trabalha e tem de o fazer presencialmente, e quem mora na chamada zona vermelha, na zona onde não é permitida a situação, tem acesso a casa ou ao emprego no seu automóvel.
Carlos Moedas: Sim, sim, pode entrar. Pode ir para casa. A não ser que seja exatamente na hora da missa. Aí, como compreenderá, vai ser muito difícil, porque na missa de acolhimento podem estar 700 mil pessoas. Mas nas horas anteriores e nas horas seguintes, essas pessoas podem.