Depois de uma reunião com o Cardeal Louis Raphael Sako, Patriarca Caldeu, o atual primeiro-ministro iraquiano expressou o firme desejo do Governo ajudar as famílias cristãs a regressarem ao país e, com elas, "reconstruir um novo Iraque".
Mustafa Al-Kazemi declarou que "ficaremos felizes em ver os cristãos regressar ao Iraque e contribuir para a sua reconstrução. Os iraquianos de todas as denominações querem um novo Iraque que acredite na paz e rejeite a violência”. E acrescentou: “o Iraque é de todos e os cristãos são filhos do país.”
Por seu turno, o Cardeal Sako afirmou que a Igreja iraquiana "apoia os esforços do novo executivo", que tomou posse no passado dia 7 de maio, "para restaurar a estabilidade e a segurança", e manifestou "esperança de que as iniciativas do primeiro-ministro permitam ao Iraque enfrentar os numerosos desafios que tem pela frente".
Recordando que “os cristãos têm orgulho da sua identidade iraquiana”, o Patriarca Caldeu destacou que eles se sentem mais seguros com esta nova abordagem e que muitos “desejam regressar ao Iraque”.
De acordo com um relatório recente da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre, os cristãos iraquianos, especialmente da Planície do Nínive, que fugiram em 2014 devido à invasão terrorista, estão de facto a regressar, aos poucos, ao país.
No entanto, a falta de segurança, o desemprego, a corrupção e a discriminação religiosa continuam a ser uma ameaça à sua presença no país. Segundo o estudo, se não forem postas em prática medidas de apoio à permanência dos cristãos na região, há o risco da comunidade passar da situação de “vulnerável” à de “ameaçada de extinção”.