O Fundo Monetário Internacional revê em forte alta as previsões de crescimento da economia portuguesa para este ano. Nas projecções divulgadas esta sexta-feira, o Produto Interno Bruto (PIB) sobe para os 2,5% em 2017 e o investimento deverá disparar.
As projecções superam as do Governo, que apontam para um crescimento de 1,8%. O FMI está mais optimista e soma-lhe 0,7 pontos percentuais.
O ritmo deverá, contudo, registar uma quebra no ano que vem, desacelerando para os 2%.
Estas taxas de crescimento ficam a dever-se, sobretudo, a dois factores, segundo as contas do FMI: um investimento a crescer para quase 7% do PIB e as exportações a aumentar este ano 7,6%.
Estes valores descem para a casa dos 5% em 2018.
Também para a taxa de desemprego o FMI tem um olhar positivo e prevê que se situe, este ano, nos 9,7%, descendo para 9% no ano que vem.
Quanto ao défice, as projecções do Fundo Monetário estão em linha com as do Governo, esperando-se para este ano um saldo negativo de 1,5%. “O forte crescimento da economia aliado ao compromisso de contenção da despesa, deverá permitir que a meta do défice seja confortavelmente atingida”, afirma.
Em 2018, 1,4% do PIB – este último acima das previsões do Governo, que aponta para 1%.
Apesar do optimismo, o FMI alerta para problemas que ainda se mantêm na banca, apesar das melhorias, e pede mais reformas estruturais em concreto no mercado laboral, onde sugere mais flexibilidade e aumentos salariais em linha com a produtividade.
A missão do FMI em Portugal terminou na quinta-feira. Os técnicos do Fundo Monetário chegaram a Lisboa no dia 19 de Junho para a avaliação anual que faz a todos os países. O relatório final será conhecido mais tarde.