O Papa admite ter cometido “erros graves” na avaliação do escândalo de abusos sexuais no Chile e convidou as vítimas que tinha desacreditado a ir a Roma para que lhes possa pedir perdão.
Num documento extraordinário publicado quarta-feira, o Papa também convocou os bispos do Chile para uma reunião de emergência no Vaticano nas próximas semanas para discutir o escândalo, que prejudicou a sua reputação e a da igreja chilena.
Francisco culpou a falta de "informação verdadeira e equilibrada" pelo seu erro na avaliação do bispo Juan Barros, que o levou a defender o bispo apesar das acusações das vítimas de que o padre chileno testemunhou e ignorou os abusos.
O Papa enviou o mais respeitado investigador de abusos sexuais do Vaticano, o arcebispo Charles Scicluna, para investigar o escândalo.
Apesar do documento não revelar as conclusões de Charles Scicluna, o Papa deixou claro que os bispos precisam de “reparar o escândalo sempre que possível e restabelecer a justiça".