O incêndio na Madeira já está praticamente no centro da vila de Porto Moniz.
"As pessoas estão assustadas, naturalmente", relata à Renascença Eduardo Carvalho, funcionário de uma farmácia no centro da vila.
"As chamas estão imediatamente por trás da vila" que "está toda enfumarada", acrescenta.
De acordo com este testemunho, a tarde de ontem e o período da noite foram os momentos mais complexos: "tivemos chamas que estiveram relativamente próximas de algumas habitações, inclusive da minha".
Com o nascer do dia, a situação "parece estar a ficar um bocadinho mais controlada", mas, face ao risco potencial, "os populares estão a fazer aquilo que podem no apoio aos bombeiros, com mangueiras, com água, com baldes".
Mas Eduardo Carvalho reconhece ainda "é cedo para dizermos que está resolvido" e que "os bombeiros e a proteção civil ainda vão ter um longo caminho pela frente".
A principal dificuldade, nesta altura, é "o vento forte e quente" que continua a propagar as chamas na encosta da montanha que confronta com a vila de Porto Moniz.
Por outro lado, também "as más acessibilidades" e a "fraca visibilidade" juntam-se à soma de condicionantes que estão a impedir um mais rápido controlo da situação.
"Neste momento está aqui um helicóptero, a ver se consegue ajudar no combate ao incêndio. Mas está muito complicado", reconhece este residente em Porto Moniz.