O Presidente russo decidiu proporcionar a exibição de documentários, nas salas de cinema do país, sobre a invasão da Ucrânia, naquilo que designa de “uma operação militar especial”.
Depois de uma reunião com os familiares de militares que estiveram na linha da frente, numa operação militar desenvolvida em 25 de novembro último, Vladimir Putin ordenou ao Ministério da Cultura que desenvolva os esforços necessários para concretizar a iniciativa.
“Para garantir exibição em redes cinematográficas de documentários nacionais sobre temas dedicados a uma operação militar especial para combater a propagação da ideologia neonazista e neofascista”, bem como “sobre a organização da festa patriótica”, pode ler-se no site do kremlin, consultado pela Renascença.
Para o efeito, o Presidente russo pede a colaboração do Ministério da Defesa com a finalidade de “auxiliar os documentaristas russos na preparação de material cinematográfico sobre os participantes da operação militar especial”, que demonstraram “bravura, coragem e heroísmo”.
Os ministérios da Cultura e da Educação, juntamente com as famílias dos soldados vão ainda empenhar-se em criar espaços públicos, nomeadamente museus escolares, onde seja possível fazer eco dessa “operação militar especial”.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas - 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.