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O cabeça de lista da CDU, Paulo Raimundo, já tem um voto garantido, mas à condição. A sessão pública de defesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS) ia começar quando uma pensionista garantiu que lhe dá o voto, mas “se me disser que vai despenalizar as reformas”.
A senhora, que não quis dizer o nome aos jornalistas, conta que começou a trabalhar nova, tem 40 anos de descontos, mas só ganha cerca de 400 euros.
Raimundo pediu que a senhora o olhasse “olhos nos olhos”. “Se há coisas que temos dito e não vamos deixar de dizer é valorizar quem trabalhou uma vida inteira”, assegurou.
“Vou estar atenta”, rematou a senhora.
Paulo Raimundo seguiu para a tribuna e acabou por, finalmente, falar do Serviço Nacional de Saúde.
O secretário-geral do PCP identifica três principais problemas na saúde: a falta de profissionais, a falta de autonomia e a transferência de investimento para o setor privado.
Raimundo assegura que “quanto mais hospitais privados há, mais dificuldades há no acesso à saúde”, denunciando o que considera ser “o negócio da saúde”.
“Quanto custa nós deixarmos milhares de pessoas de fora dos tratamentos, fora das consultas, sem acesso aos cuidados de saúde. É um desastre para o pais”, remata.