O Presidente da República e o primeiro-ministro homenagearam este sábado os bombeiros portugueses, com Marcelo Rebelo de Sousa a assegurar que o país estará tão unido no combate aos incêndios como esteve na pandemia de covid-19.
Em declarações aos jornalistas, no final de uma visita à Liga dos Bombeiros Portugueses, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa explicou o objetivo de aparecer ao lado de António Costa e do ministro da Administração Interna - e também do presidente da Câmara de Lisboa - no dia em se evoca o bombeiro português, numa cerimónia este ano realizada fora dos moldes habituais devido à covid-19.
"Para mostrar que, tal como estivemos e estamos unidos no combate à pandemia, estivemos, estamos e estaremos unidos no período de combate a incêndios rurais e de proteção de todas e de todos os que vão enfrentar esse combate", afirmou o chefe de Estado.
Marcelo Rebelo de Sousa salientou que este ano será necessário "compatibilizar as duas frentes de combate" e agradeceu aos bombeiros a forma como trabalharam com o Governo e outras estruturas no combate à pandemia.
"Os antigos romanos diziam que a sorte protege os audazes. Vós sois audazes, a sorte vai ajudar-vos, vai proteger-vos nestes próximos meses. Vai proteger as gentes de Portugal no duplo combate em que estamos envolvidos e a sorte dá muito trabalho", afirmou.
Também o primeiro-ministro, António Costa, admitiu que este ano haverá "uma solicitação acrescida da disponibilidade dos bombeiros" e considerou que "a pandemia generalizou a convicção na sociedade de que não há vida sem riscos".
António Costa admitiu que, além do combate aos incêndios, os bombeiros enfrentarão este ano um outro risco: "O risco do contágio no teatro das operações, na preparação das forças, na sua movimentação no contacto entre todos, porque o combate aos incêndios é um trabalho de equipa e esse exige proximidade".
"O lema que sempre tivemos é que só protege quem está protegido. Quero deixar um apelo: não descurem a vossa própria proteção, só estando protegidos nos podem proteger a todos nós", afirmou, classificando os bombeiros como "a espinha dorsal" do sistema de proteção civil.
Sempre acompanhados do ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, e do presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, Marcelo Rebelo de Sousa e Antonio Costa - que não fizeram declarações sobre outros temas da atualidade - estiveram hoje de manhã primeiro no cemitério dos Prazeres, em Lisboa, onde visitaram um monumento dedicado à memória dos bombeiros municipais, datado de 1875, depositando coroas de flores no talhão dos sapadores bombeiros da capital.
Em seguida, visitaram a Liga dos Bombeiros Portugueses, onde foram recebidos pelo seu presidente, Jaime Marta Soares.