As greves que afetam a CP levaram este domingo, último dia da paralisação, à supressão de 109 comboios em 646 previstos entre as 00:00 e as 19:00, representando 16,9% do total, segundo os dados enviados pela transportadora à agência Lusa.
Realizaram-se, assim, 537 comboios no mesmo período, indicou a empresa.
No serviço de longo curso, foram suprimidos 9 comboios em 50 previstos e, no regional, de 192 estimados não circularam 50.
Nos urbanos de Lisboa foram suprimidos 38 comboios em 256 programados, enquanto no Porto, de 127 estimados, foram suprimidos 8 comboios.
Nos urbanos de Coimbra não se realizaram 4 comboios em 21 estimados.
Até hoje, na CP, os trabalhadores cujo seu período normal de trabalho abranja mais de três horas durante o período compreendido entre as 00:00 e as 05:00 entraram em greve a partir da sétima hora de serviço.
Na Infraestruturas de Portugal (IP) e também até hoje, os trabalhadores cujo seu período normal de trabalho abranja mais de três horas durante o período compreendido entre as 00:00 e as 05:00 entraram em greve a partir da sétima hora de serviço.
Estas greves foram decretadas por uma plataforma de sindicatos composta pela ASCEF - Associação Sindical das Chefias Intermédias de Exploração Ferroviária; o SINFB - Sindicato Nacional dos Ferroviários Braçais e Afins; o SINFA - Sindicato Independente dos Trabalhadores Ferroviários, das Infraestruturas e Afins; o FENTECOP - Sindicato Nacional dos Transportes Comunicações e Obras Publicas; o SIOFA - Sindicato Independente dos Operários Ferroviários e afins; a ASSIFECO - Associação Sindical Independente dos Ferroviários de Carreira Comercial e os STF - Serviços Técnicos Ferroviários.
Também o Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ) esteve em greve durante todo este mês, face à "atitude de desconsideração" de que acusa a empresa.
Entre as reivindicações dos trabalhadores estão "aumentos salariais efetivos", a "valorização da carreira da tração" e a melhoria das condições de trabalho nas cabines de condução e instalações sociais e das condições de segurança nas linhas e parques de resguardo do material motor.
Os trabalhadores pedem igualmente uma "humanização das escalas de serviço, horas de refeição enquadradas e redução dos repousos fora da sede", um "efetivo protocolo de acompanhamento psicológico aos maquinistas em caso de colhida de pessoas na via e acidentes" e o "reconhecimento e valorização das exigências profissionais e de formação dos maquinistas pelo novo quadro legislativo".