A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) dá conta da libertação do padre Hans Joachim Lohre, sacerdote alemão, membro da Sociedade dos Missionários de África, sequestrado a 20 de novembro do ano passado perto da escola onde trabalhava, em Bamako, a capital do Mali.
O sacerdote que desenvolvia há cerca de três décadas um importante trabalho ao nível do diálogo inter-religioso, lecionando no Instituto de Educação Cristã-Islâmica, esteve 371 dias em cativeiro.
Segundo a AIS, a notícia da libertação do padre Hans, conhecido também como padre Ha-Jo, foi confirmada por, pelo menos, um responsável da arquidiocese e por um funcionário do governo interino do Mali, não tendo sido dados pormenores sobre o estado de saúde do sacerdote nem sobre as condições da sua libertação.
De acordo com a agência Fides, que refere fontes diplomáticas e de segurança, o sacerdote alemão, de 66 anos, terá sido raptado por elementos do Grupo de Apoio ao Islão e aos Muçulmanos, ligado à Al Qaeda.
O sequestro do missionário foi visto como mais um sinal da deterioração das condições de vida da comunidade cristã naquele país africano, fruto da atuação violenta de diversos grupos jihadistas que operam com relativa impunidade na região do Sahel, uma vasta zona que inclui países como o Mali, Níger ou Burquina Faso.
Além do sacerdote alemão, haverá ainda pelo menos um outro sacerdote sequestrado e que estará nas mãos de grupos jihadistas naquela região. Trata-se do Padre Joël Yougbaré, raptado no Burkina Faso a 17 de março de 2019.
Nos últimos anos foram também raptados e continuarão em cativeiro cidadãos de vários países, nomeadamente sul-africanos e um casal italiano com o seu filho.