O primeiro-ministro, António Costa, garante que o ministro das Finanças, Mário Centeno, não vai deixar o Governo.
“É um disparate completo a ideia de que o ministro das Finanças
está para sair do Governo, como muitos que se vêem nos jornais. Tenham um bom dia”, declarou António Costa, à entrada para a reunião da Comissão Nacional do PS, visivelmente irritado com a questão.
António Costa já se tinha despedido dos jornalistas, mas voltou atrás para negar a veracidade da notícia publicada este sábado.
O primeiro-ministro desmente a manchete do jornal "Sol", segundo o qual "Mário Centeno sai do Governo em Janeiro", depois de fechada a execução orçamental.
De acordo com o semanário, a razão é o alegado mal-estar no Governo da isenção de entrega da declaração de rendimentos e património dos novos administradores da Caixa Geral de Depósitos.
Costa desconhece intenção de demissão da administração da Caixa
O primeiro-ministro desconhece qualquer intenção da administração da Caixa Geral de Depósitos (CGD) se demitir caso os seus membros sejam obrigados a entregar declarações de rendimentos e património no Tribunal Constitucional.
António Costa também explicou a acção do Governo face ao estatuto dos administradores da CGD à aprovação de um decreto em Julho passado.
"O Governo publicou uma alteração legislativa que está em vigor e que foi verificada aliás também na Assembleia da República. A interpretação que faz o senhor Presidente da República [Marcelo Rebelo de Sousa], a interpretação que os gestores da CGD fazem e a interpretação que fará o Tribunal Constitucional respeita a cada um. Respeitaremos a interpretação que for feita", declarou o primeiro-ministro.
Interrogado pelos jornalistas sobre se os administradores da CGD já fizeram saber ao Governo que se demitem das suas funções caso sejam forçados a entregar declarações de rendimentos e património no Tribunal Constitucional, António Costa respondeu: "[A administração] Não fez saber nada disso".
Logo a seguir, questionado se o seu executivo deu garantias aos administradores da CGD de que não teriam de apresentar declarações junto do Tribunal Constitucional, António Costa reagiu, afirmando que o Governo "o que fez foi o diploma que aprovou". "Não tenho mais nada a acrescentar sobre essa matéria", disse.
[notícia actualizada às 12h24]