O major-general Carlos Branco comenta a intervenção do Irão contra Israel considerando que “não parece um ataque credível”.
“Temos a informação de lançamento de drones, também de mísseis cruzeiro e mísseis balísticos com origem no Irão e no Iraque. Não sabemos se vão chegar ao alvo. O número de drones parece ser significativo, mas demorarão sete a nove horas a chegar ao alvo, o que acaba por não ser uma ameaça muito credível. O mesmo já não se dirá dos misseis cruzeiro e balísticos”, referiu.
Em declarações à Renascença, o major-general do exército Carlos Branco acrescenta que há informação ou contrainformação que indica que os Estados Unidos e o Irão poderão ter acordado um ataque limitado a Israel.
“Não parece ser um ataque muito credível. Há um envolvimento considerável de meios, mas podemos incluir nesta equação uma série de notícias que tivemos sobre um arranjo feito entre o Irão e os Estados Unidos para que houvesse um ataque limitado, que não provocasse um confronto direto com os Estados Unidos, que não suscitasse uma intervenção americana em larga escala com alvos estratégicos no interior do Irão”, explicou.
O ataque deste sábado surge na sequência de um ataque a núcleos diplomáticos em Damasco. O general Carlos Branco admite que ainda é cedo que consequências poderá ter esta operação. Se o pior acontecer é possível o alargamento do conflito.
“O Irão está sob pressão interna para responder ao ataque israelita às suas instalações consulares em Damasco, mas também nos apercebemos que a imprensa iraniana estava a preparar os cidadãos para aceitarem que ataques de retaliação seriam inúteis”.
Terão sido lançados mais de 100 drones e mísseis balísticos por parte do Irão contra Israel.