A Câmara do Porto afirmou esta sexta-feira que todas as empreitadas em curso na cidade têm sido "de algum modo afetadas" por atrasos na entrega de materiais, tais como caixilharias, vidros, madeiras ou equipamentos mecânicos e elétricos.
"Todas as empreitadas acabam por ser de algum modo afetadas, ainda que umas sejam mais do que outras, dependendo da maior ou menor quantidade de produtos a incluir ou da sua especificidade", afirmou a Câmara do Porto, não especificando, no entanto, que obras estão a sofrer impactos.
De acordo com a página da empresa municipal GO Porto, responsável pela gestão das grandes obras públicas no Porto, estão em curso 27 empreitadas, entre as quais se destacam a requalificação da Escola Alexandre Herculano, a requalificação da Escola Básica do Falcão, a beneficiação da Piscina Armando Pimentel, bem com várias requalificações de ruas, estabilização de taludes e beneficiação de pavimentos. .
Segundo a autarquia, os maiores atrasos na entrega de materiais de construção verificam-se sobretudo nas empreitadas que incluem "materiais importados", como, caixilharias, vidros, madeiras ou equipamentos mecânicos e elétricos. .
Nestes casos, acrescenta a Câmara do Porto, o mais frequente é optar por "materiais substitutos, cujo prazo de entrega seja mais célere", ainda que não sendo possível, a solução passa por "assumir um prazo mais alargado para a execução dos trabalhos". .
A prorrogação do prazo para finalizar a empreitada "cria um efeito em cadeia", observa o município, lembrando que tal exige que "a mão-de-obra especializada prolongue a sua afetação aos projetos em causa e, quanto mais tempo estiver afeta a uma obra, mais tarde estarão disponíveis para outros projetos".
Na segunda-feira, a Câmara do Porto afirmou à Lusa que a obra de requalificação da Escola Secundária Alexandre Herculano foi prorrogada até ao final do ano devido a atrasos na entrega de materiais, garantindo, no entanto, que mantém a reabertura do equipamento para abril de 2023.