A China colocou-se ao lado da Rússia contra a expansão da NATO no Leste da Europa, numa altura em que a tensão entre a Ucrânia e Moscovo está em níveis alarmantes.

A posição conjunta foi anunciada esta sexta-feira após uma cimeira, em Pequim, entre os presidentes Xi Jinping e Vladimir Putin.

O encontro decorreu num ambiente “muito caloroso”, segundo o Kremlin, por ocasião do início dos Jogos Olímpicos de Inverno, que este ano são organizados pela China.

“A amizade entre a Rússia e a China não tem limites, não existem áreas proibidas de cooperação”, refere uma declaração conjunta da cimeira entre os dois líderes.

Além da questão na Ucrânia, as duas potências mostram-se “muito preocupadas” com o pacto “Aukus”, para a compra de submarinos nucleares, assinado o ano passado entre Estados Unidos, Austrália e Reino Unido.

No comunicado conjunto após a cimeira entre Xi Jinping e Vladimir Putin, a Rússia manifesta o seu apoio à política de uma “Grande China”, segundo a qual Taiwan, que se considera um Estado independente, faz parte da China.

Xi Jinping e Vladimir Putin almoçaram juntos, conversaram e depois foram assistir à cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno.