Os Estados Unidos da América anunciaram esta quinta-feira planos para construir um setor adicional do muro na fronteira com o México, invocando a “necessidade aguda e imediata” de “impedir entradas ilegais” de migrantes.
Em reação, o presidente norte-americano, Joe Biden, indicou que não consegue parar o uso de fundos federais, por terem sido alocados pelo Congresso dos EUA, mas avisa que não acredita que barreiras como o muro junto à fronteira funcionem.
"Os fundos foram alocados para o muro, por isso têm de ser usados. Não consigo parar isso”, disse, citado pela Reuters. Questionado sobre se o muro na fronteira funciona, Biden disse que "não".
Como resultado, a Casa Branca revogou 26 leis federais para acelerar a construção de 32 quilómetros de muro no sul do Texas, em Rio Grande Valley.
Em janeiro de 2021, depois de tomar posse como presidente dos EUA, Biden prometeu que “nenhum dólar de contribuintes norte-americanos serão usados para construir o muro na fronteira”.
Em reação à decisão, Trump já proclamou vitória. Numa publicação na rede social Truth, o ex-presidente, que é candidato do Partido Republicano nas eleições de novembro do próximo ano, questionando se Biden lhe iria pedir desculpa por demorar tanto a construir o muro.
O México já veio rejeitar os planos para a construção de novos setores do muro. Em conferência de imprensa, o presidente mexicano, Andres Manuel Lopez Obrador, dizendo que a intenção é um “passo atrás”, em antevisão a reuniões com o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken.
Na segunda-feira, o chefe de Estado avançou que cerca de 10 mil pessoas atravessaram a fronteira entre o México e os EUA por dia na passada semana.