No “DN”, destaque para a visita de François Hollande a Lisboa. O Presidente francês reuniu-se ontem com o Primeiro-ministro António Costa, depois de um encontro em Belém com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. O combate ao terrorismo esteve no centro das conversas, mas Hollande não deixou de aproveitar para dizer que está ao lado de Portugal na oposição à aplicação de sanções por causa do incumprimento do défice em 2015. Hollande disse que a União Europeia “será injusta se o fizer”.
Num artigo no “Público”, analisa-se o histórico dos últimos anos, para se concluir que uma das promessas feitas à Comissão Europeia pelo executivo de António Costa para provar que as contas públicas estão no bom caminho e que Portugal não deve ser alvo de sanções poderá ser difícil de cumprir. É que as análises financeiras prometidas a Bruxelas nunca ficaram intactas nos últimos anos. Entre 2009 e 2015, a reserva orçamental a que o Governo agora quer recorrer em caso de desvio – a tal “almofada financeira” - foi sempre usada, algumas vezes quase ao limite.
No “Público”, o artigo de opinião de Dimitrios Papadimoulis, em que diz que “A Comissão Europeia tem de agir perante a nomeação de Durão Barroso para o Goldman Sachs”. Este grego que é vice-presidente do Parlamento Europeu e deputado eleito pelo Syriza, afirma que, neste caso, Bruxelas deve agir. “O silêncio, neste caso, não é de ouro, é sim cúmplice”. O eurodeputado afirma que “a escolha de Barroso como funcionário pago do Goldman Sachs é uma escolha extremamente provocatória. Realça, de uma forma notoriamente cínica, as relações incestuosas do poder político com os bancos e com os enormes interesses financeiros”.
Ainda no “Público”, “May e Merkel começam a traçar as linhas de batalha do Brexit”. É a referência à visita de hoje da nova Primeira-ministra britânica a Berlim para criar boas relações com a Chanceler alemã. Lembra o jornal que “são estas duas hábeis e duras negociadoras que vão definir os termos da saída do Reino Unido da União Europeia”. Amanhã à noite, May vai a Paris, para reunir-se com François Hollande.
E por falar em Hollande, no ”Washington Post”, pode ler-se que “Com a saída britânica da União Europeia, a França vê um caminho à frente”. O jornal norte-americano diz que é uma oportunidade para “tornar a Europa mais francesa outra vez”. Desde logo porque, com o “Brexit”, a França passa a ser o único país da União Europeia a ter assento permanente no Conselho de Segurança da ONU, o que aumenta a sua influência regional e global.
No “New York Times” e no “Wall Street Journal”, destaque para a aplicação de uma multa recorde de quase 3 mil milhões de euros aos fabricantes europeus de camiões. A comissária para a Concorrência, Margrethe Vestager, anunciou ontem a multa que vem castigar estes fabricantes por combinação de preços e pelo adiamento combinado da instalação de escapes que reduzem as emissões poluentes. DAF, Daimler, Iveco e Volvo-Renault estariam envolvidas neste esquema.