O Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou, por unanimidade, uma resolução que visa atingir a organização jihadista Estado Islâmico secando as suas fontes de financiamento.
A resolução, desenvolvida por Washington e Moscovo, visa directamente o EI e destina-se a apertar o cerco em torno dos milhões de dólares que o grupo extremista retira dos mais variados tipos de tráfico que leva a cabo nos territórios que controla na Síria e no Iraque.
O texto pede aos 15 países do Conselho para "agirem de forma enérgica e decisiva para cortar os fundos e outros recursos económicos" do EI, incluindo o contrabando de petróleo e antiguidades, e para punir "mais activamente" os apoiantes financeiros do grupo.
Os países são desafiados a classificar o financiamento do terrorismo como "um crime grave nas suas legislações internas", mesmo na ausência de qualquer relação com actos terroristas específicos, e a intensificar a troca de informações sobre o tema, inclusive entre os governos e o sector privado.
"Este texto complementa medidas anteriores e reforça os instrumentos existentes", afirmou o secretário do Tesouro norte-americano, Jacob Lew, que presidiu à sessão.
Para o governante, a resolução é "um passo importante", embora "o verdadeiro teste seja agir de forma decisiva para implementá-lo", sendo para isso necessária a "cooperação aprofundada com parceiros privados".