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As restrições às celebrações comunitárias de todas as religiões só devem começar a ser levantadas no final de maio. As normas vão ser definidas entre a Direção-Geral da Saúde (DGS) e as confissões religiosas, anunciou o primeiro-ministro na quinta-feira.
Pela parte da Igreja Católica, o bispo do Porto congratula-se com o horizonte apontado pelo Governo.
“Se, de facto, continuarmos neste clima de abaixamento do índice de transmissão, estou convencido de que dentro de um mês já teremos todas as condições, na prática, para que as nossas assembleias possam ter quase nenhum limite”, afirma à Renascença.
D. Manuel Linda lembra, contudo, a importância de manter as medidas de segurança, pois “se, durante este mês de maio, houver uma aceleração das transmissões, teremos de avaliar a maneira como as nossas assembleias podem decorrer”.
O bispo do Porto mostra-se também satisfeito sobre o fim de algumas restrições à realização de funerais.
“O momento do funeral, por motivos que toda a gente entende, é um momento soleníssimo para a vida daquela família. Solene neste sentido de marcar para sempre; aquela data nunca mais se esquece. Portanto, se, além do sofrimento da morte de alguém, o luto não pode ser feito de forma normal, porque nem sequer houve uma despedida – e para os cristãos a grande despedida é no contexto da oração – obviamente esse luto é muito maior e tem dificuldade em ser realizado”, comenta.
Neste sentido, D. Manuel Linda considera que “tudo aquilo que se possa fazer neste campo, de permitir, tentando que não haja mais contágios, que as pessoas possam participar no funeral, é absolutamente extraordinário”.
“É lógico que se abra bastante neste campo dos funerais”, conclui.
De acordo com o anunciado pelo primeiro-ministro na quinta-feira, continuam a existir limitações às cerimónias durante o estado de calamidade que entra em vigor na segunda-feira, mas todos os familiares vão poder assistir.
"Mantemos a regra que compete às autarquias e autoridades de saúde a definição do limite máximo de pessoas que podem participar num funeral, mas reconhecendo que as regras, em alguns pontos do país, têm sido excessivas, que esse limite não permitirá limitar participação do número de familiares", afirmou António Costa.