O primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, disse esta terça-feira que o envio de tropas para a Ucrânia "não está na ordem do dia" neste momento, numa altura em que o país está prestes a tornar-se membro da NATO.
“Por enquanto, estamos ocupados a enviar equipamento avançado para a Ucrânia [de diferentes formas]”, sublinhou o primeiro-ministro sueco.
No dia 20 de fevereiro, Estocolmo anunciou um montante recorde de ajuda militar (o 15.º pacote) a Kiev, sob a forma de equipamento no valor de 633 milhões de euros, incluindo munições de artilharia, navios de guerra, sistemas antiaéreos e granadas.
“Não existe qualquer pedido” do lado ucraniano para a presença de tropas terrestres, afirmou Ulf Kristersson acrescentado que “a questão não é atual”.
“Os países têm tradições diferentes de empenhamento” na cena internacional disse o primeiro-ministro frisando que “a tradição francesa não é a tradição sueca”, referindo-se assim à posição demonstrada pelo chefe de Estado francês.
A Suécia envia tropas para contingentes de manutenção da paz, mas não se envolve numa guerra desde um conflito com a Noruega em 1814.
Estes comentários surgem um dia depois de o parlamento da Hungria ter votado a favor da entrada da Suécia na NATO, quase dois anos após o início do processo de adesão.
Estocolmo, que tem estado interessada em aderir à Aliança Atlântica desde a invasão russa da Ucrânia, vai ser o 32.º membro, pondo fim a mais de 200 anos de não-alinhamento militar.
"A Suécia está pronta para assumir as responsabilidades em termos de segurança euro-atlântica”, disse Ulf Kristersson após a votação húngara.