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Preocupado com a situação na Síria, D. Manuel Linda alerta para os perigos do populismo e admite o receio que sejam dados “passos mal dados”.
Na véspera da sua entrada solene na Diocese do Porto, D. Manuel deixa, ainda, criticas à recente lei aprovada pelo Parlamento de mudança de género aos 16 anos e garante estar disponível para “sujar as mãos” e denunciar os problemas sempre que necessário.
Depois do ataque lançado pelos EUA e os Aliados na Síria, D. Manuel Linda diz estar “preocupado” com a situação e admite o seu receio do mau uso dos meios militares.
“Tenho medo que, com os meios modernos que temos de guerra, numa tentativa primeira de desafiar o inimigo, este desafio atinja dimensões irrecuperáveis e não seja possível voltar para trás, tenho medo que haja passos mal dados”.
Em declarações aos jornalistas, naquele que foi o seu primeiro ato oficial enquanto prelado da diocese, o bispo considerou ser um “contra-senso” a lei que permite a mudança de género aos 16 anos.
“Um verdadeiro contra-senso. A pessoa não tem a maturidade psicológica para assumir algo que a vai afetar para o resto da vida.”
Agora que se encontra à frente da Diocese do Porto, D. Manuel Linda garante estar disponível para “sujar as mãos” na realidade do dia-a-dia, embora reconheça o perigo de estar sempre a criticar.
“Pode haver, e às vezes há, situações em que para além de ter as mãos na realidade, é preciso haver uma denúncia. Costumo dizer que a denúncia do mal no mundo é uma espécie de carta de condução por pontos, se os gastamos, se passamos o tempo a dizer mal das coisas, não temos credibilidade. Mas se for necessário, evidentemente que o farei”.
D. Manuel tomou posse canonicamente como bispo do Porto perante o conselho de consultores do Paço Episcopal. A cerimónia de entrada solene na Diocese acontece este domingo em dia de aniversário do novo bispo.