A coxear, o Conselho de Disciplina lá vai andando
15-06-2022 - 09:05

O Conselho de Disciplina demorou, mas atacou forte.

Depois de há uma semana nos ter trazido notícias sobre o célebre e arrastado “caso Palhinha” o Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol voltou ontem à tona para nos informar sobre o “caso da garagem” do estádio do Dragão, onde ocorreram incidentes após o último jogo ali disputado entre o Futebol Clube do Porto e o Sporting Clube de Portugal.

Resumindo, o vice-presidente portista Vítor Baía foi punido com 25 dias de suspensão, enquanto ao director de comunicação dos dragões foram aplicados 115 dias, tendo saído ilibado o treinador Sérgio Conceição porque “a prova produzida, se permite confirmar a presença do treinador da Sad visitada em local próximo do presidente da Sad participante, não permite uma clara e inequívoca determinação do teor das palavras por si eventualmente proferidas”.

Quanto ao Sporting, o Conselho de Disciplina também aplicou castigos: Frederico Varandas paga uma multa de 2.040 euros devido a declarações proferias após o jogo, nas quais visou Pinto da Costa e o árbitro João Pinheiro.

Miguel Braga, director de comunicação dos leões, é suspenso por 60 dias e multado em 10.200 euros, castigando declarações feitas num programa da Sporting Tv, após o desafio.

A tudo isto junta-se ainda uma multa aos leões de 20.910 euros por diversas intervenções pós-jogo terem sido consideradas lesivas da honra e da reputação, visando actuações de agentes da arbitragem.

Como aqui fica registado, o Conselho de Disciplina demorou, mas atacou forte.

E, no que toca à recolha de fundos, é caso para dizer que os cofres federativos sacam aqui largos proventos.

Como é de esperar, as reacções dos atingidos não se farão esperar, procurando cada um, por si, esgrimir razões que o CD não reconheceu.

O que se deseja é que se voltarem a registar-se casos futuros com a mesma dimensão, a justiça federativa actue de forma mais célere é, já agora, que os futuros castigos monetários a treinadores, dirigentes e jogadores atinjam as mesmas proporções que aqui ficaram bem à vista, sabendo-se que esta mudança é, no entanto, das responsabilidades de quem constrói os regulamentos.