Caminhada pela Vida marcha em Lisboa contra a legalização da eutanásia
14-05-2016 - 12:21

Patriarca de Lisboa D. Manuel Clemente apela à participação popular. Organização lança petição pública “Toda a Vida tem Dignidade” durante a caminhada.

A Caminhada pela Vida realiza-se este sábado e tem arranque marcado para as 15h00, a partir do Largo Camões, em Lisboa, de onde segue a Assembleia da República.

A organização do evento vai lançar uma petição pública, pedindo aos deputados que não aceitem a legalização da eutanásia e exigindo o reforço dos cuidados paliativos. A petição chama-se “Toda a Vida tem Dignidade” e a recolha de assinaturas começará durante a caminhada.

Este ano, a Caminhada pela Vida contará com a presença de Ana del Pino, secretária-geral da federação europeia "One of Us". É preciso criar e consolidar uma corrente de opinião em defesa da vida, defende Ana del Pino sublinhando que matérias como o aborto, eutanásia e até a maternidade de substituição têm sido abordadas de forma errada, porque não se trata de uma matéria privada ou de lei, mas sim da própria democracia.

O Patriarca de Lisboa e presidente da Conferência Episcopal Portuguesa D. Manuel Clemente já apelou publicamente à participação popular na caminhada. Em entrevista à Renascença, D. Manuel Clemente disse tratar-se de “uma frente que nós não devemos desamparar, antes pelo contrário, porque é a primeira condição de todos nós e sobretudo daqueles que por uma razão ou outra a vêm mais em perigo”.

O também patriarca de Lisboa acrescentou que “requer muita presença, muita convicção, muita companhia concreta, junto das mais diversas situações, quer do ponto de vista jurídico, quer do ponto de vista humano e humanitário”.

Clemente enalteceu as organizações envolvidas e a generalidade das pessoas que participa nestas caminhadas pois ela “está motivada no dia-a-dia para que a vida seja realmente um valor assumido e proposto”. Cita ainda o Papa Francisco que “se quis associar mandando uma mensagem que vai precisamente neste sentido de apoiar, não apenas esta caminhada mas a caminhada que depois se faz, no dia-a-dia, de responsabilização de todos por todos no sentido da vida”.