A Madeira iniciou, nesta quinta-feira de manhã, o processo de vacinação contra a Covid-19. O arquipélago recebeu um primeiro lote de 10 mil doses, que começou a administrar aos profissionais de saúde. Para já, no Hospital Central do Funchal, Dr. Nélio Mendonça.
“Ficámos muito agradados com a disponibilidade dos profissionais para serem vacinados”, indica à Renascença o secretário regional de saúde da Madeira. A adesão “ultrapassa 97%”, acrescenta Pedro Ramos.
“Vamos ver se será 100% ou se haverá alguns profissionais que não querem ser vacinados. A vacina é segura e eficaz, mas é facultativa”, recorda.
Pedro Ramos acredita que tudo vai correr bem, à semelhança, de resto, do que aconteceu com a vacinação contra a gripe, em que foram vacinadas “mais 10 mil pessoas do que nos anos anteriores”.
“Neste momento, estou confiante e fiquei ainda com mais confiança pela forma como a União Europeia está a organizar toda a disponibilização de vacinas para todos os seus Estados-membros”, afirma.
Nestas declarações à Renascença, o secretário regional de saúde garante que o arquipélago se “preparou convenientemente para, quando as vacinas fossem disponibilizadas pela Direção-Geral de Saúde e pelo Ministério da Saúde, nós pudéssemos arrancar com a nossa campanha”.
“A Madeira procurou montar a sua rede de frio e tem, de facto, duas arcas ultracongeladoras com capacidade para receber a totalidade da primeira dose das vacinas para a região, que são cerca de 206 mil vacinas. Porque estamos a não considerar todos aqueles que têm idade até aos 18 anos. A Madeira conta receber 412 mil vacinas para vacinar massivamente a sua população de risco”, adianta.
A primeira fase irá abranger “4.875 cidadãos dos grupos prioritários”, indica ainda.
Depois dos profissionais de saúde, seguem-se os funcionários e utentes dos lares de idosos. “Já está tudo preparado e daremos início na próxima semana”, avança Pedro Ramos.
Nos Açores, a vacinação começou mais cedo e já leva algumas horas, mas vai fazer-se em moldes semelhantes. Clélio Menezes, secretário regional de saúde do arquipélago, diz à Renascença que, “nesta primeira fase, contamos que num período de dez dias tenhamos cinco mil vacinas aplicadas”.
Lembrando que “as vacinas só terão o respetivo processo concluído com a segunda toma num espaço de 21 dias”, Clélio Menezes diz que estão reservadas mais cinco mil vacinas, “para o caso de acontecer alguma ocorrência inesperada e garantir que foi eficaz essa primeira toma da vacina”.