António Costa pediu desculpas aos emigrantes que votaram nas últimas legislativas e viram o seu voto anulado.
“Há um acórdão do TC que é preciso cumprir. Obviamente, é necessário dar uma palavra de desculpas às pessoas que votaram de boa-fé neste processo eleitoral, pela forma como decorreu e apelar a todos para que, por uma segunda vez, exerçam o seu direito de voto, de forma a expressarem livremente, o voto como é sua vontade”, disse esta terça-feira à noite, à entrada da comissão política do PS.
A repetição do ato eleitoral para o círculo da Europa convoca os eleitores para, uma vez mais, exercerem o seu direito de voto.
António Costa apelou à participação de todos, assumindo, também, que “esta experiência deve servir de lição para todos sobre a necessidade de termos uma lei mais clara, processos que respeitem efetivamente o esforço que todos fazem para participar neste ato cívico”.
Sobre toda a mudança de calendário, incluindo a entrega e execução do próximo Orçamento do Estado, o primeiro-ministro diz que o país vai ter de continuar em duodécimos e trabalhar com o orçamento do estado que está em vigor.
Já quanto à nova data da tomada de posse, é uma decisão que cabe ao Presidente da República, assumindo que tinha organizado a vida com um calendário e que agora fica tudo adiado sem um fim à vista.
Costa chegou à sede do PS vindo das reuniões com os partidos e, apesar da maioria absoluta alcançada, garante que vão ser quatro anos de diálogo e à procura de consensos.
Aliás, o chefe do Governo diz ter sentido, do lado dos partidos, a vontade de dialogar nas rondas de conversações em São Bento
“Se não houvesse essa vontade, não tinham vindo dialogar comigo. Acho que foi um bom sinal de que todos têm vontade de dialogar. Temos que ir avançando”, rematou Costa.