O presidente da Federação de Ciclismo Delmino Pereira diz-se triste com o caso que atingiu Raúl Alarcón.
O ciclista espanhol perdeu as Voltas a Portugal de 2017 e 2018, para Amaro Antunes e Joni Brandão, respetivamente, após ter sido suspenso por quatro anos pela União Ciclista Internacional (UCI), devido a anomalias no passaporte biológico (uso de métodos e/ou substâncias proibidas), entre 21 de outubro de 2019 e 23 de outubro de 2023.
Delmino Pereira lamenta o sucedido e sublinha que é preciso evitar situações idênticas.
"É com tristeza que recebi a notícia sobre o Raúl Alarcón porque vem numa fase em que nós estamos com um forte plano de credibilização do ciclismo e temos vindo a estabilizar e a prestigiar a modalidade. Esta situação para nós é muito desagradável e lamento imenso. É um problema que estamos a lutar para que estes casos não voltem a acontecer e penso que estamos no caminho certo. Aumentámos muito o controlo aos atletas feito fora de competição. Neste momento estamos em conversações com as equipas continentais, com a Associação Portuguesa de Ciclistas Profissionais e com os organizadores para elevarmos os padrões éticos e desportivos, que permitam evitar situações destas no futuro", revela.
Nesta entrevista a Bola Branca, Delmino Pereira fala da Volta a Portugal deste ano, desejando que esta vá para a estrada em agosto.
"Encontrámos a fórmula de organização da Volta em tempos de pandemia. E a fórmula deste ano será igual aquela que aconteceu o ano passado, porque foi uma Volta bem sucedida e correu bem. Esperamos que este ano ela se consiga realizar com maior normalidade e se mantenha a data tradicional, e que decorra entre 4 e 15 de agosto, e que não seja necessária uma solução alternativa", conclui.