Treze palavras bastaram: “Na sequência do convite feito por Sua Excelência o Senhor Presidente da República…”. A Presidência da República anunciou esta quinta-feira que o Papa Francisco estará em Fátima a convite de Marcelo Rebelo de Sousa, omitindo que tal acontece também graças ao convite dos bispos portugueses.
O comunicado que anuncia a visita do Papa a Fátima foi escrito com o acordo dos bispos portugueses, do Vaticano e da Presidência da República e ficou combinado entre todos que a sua divulgação seria feita esta sexta-feira, conjuntamente, às 11h00 – hora em que sai o boletim diário da sala de imprensa da Santa Sé.
Só que a Presidência portuguesa antecipou-se e publicou o comunicado um dia antes do que estava combinado, retirando do texto a referência aos bispos.
A precipitação, que já tinha acontecido também nos tempos de Cavaco Silva, já mereceu um pedido de desculpas à nunciatura e aos bispos, apurou a Renascença.
Desde os tempos de Paulo VI que o Santo Padre só visita um país quando recebe o convite dos bispos locais e do respectivo chefe de Estado.
Desta vez, não há visita de Estado, mas apenas uma peregrinação a Fátima que nem dura 24 horas.
O avião da Alitalia deverá aterrar pelas 16h30 de 12 de Maio e a partida (provavelmente, com a TAP) será no dia 13 de Maio, logo a seguir ao almoço com os bispos portugueses.
Francisco deverá ainda receber cumprimentos privados do Presidente da República e de alguns governantes, ainda na base de Monte Real, antes de chegar a Fátima.
Os detalhes do programa serão apenas divulgados pelo Vaticano, um ou dois meses antes da visita.