Brilhante Dias admite que PS tem de “analisar” aumento de suplementos da PSP e da GNR
12-01-2024 - 16:33
 • Susana Madureira Martins

O protesto das forças de segurança é um dos temas em debate no São Bento à Sexta desta semana. O líder parlamentar do PS avisa que qualquer aumento salarial tem de ser feito com "ponderação" e o social-democrata Joaquim Miranda Sarmento admite que "não é uma medida fácil".

O protesto das forças de segurança "é legítimo", nisso os líderes parlamentares do PS e do PSD são unânimes, com o socialista Eurico Brilhante Dias a defender que "há que trabalhar com os sindicatos".

O dirigente do PS nota ainda que o "detonante" do protesto da PSP e da GNR "é um suplemento que foi francamente melhorado na Polícia Judiciária" e "não teve equivalência do lado da PSP da GNR".

Tratam-se de "polícias de natureza diferente", acrescenta Brilhante Dias e um eventual aumento do suplemento para a PSP e a GNR "deve ser olhado com cuidado" e "pelo menos que seja feita uma análise para que com rigor possa ser perspetivado um aumento do lado também das polícias".

Brilhante Dias pede, porém, cautela na decisão que o futuro Governo tomar, já que terá de ter "sempre" como base "a ponderação inerente" de "continuar a ter contas certas".

No programa São Bento à Sexta da Renascença, o social-democrata Joaquim Miranda Sarmento considerou, por seu turno, que o protesto dos últimos dias "é algo gravíssimo e que nos deve preocupar bastante".

Questionado sobre se a AD poderá responder às reivindicações das forças de segurança, no caso de o centro-direita formar Governo, após as eleições de 10 de março, Miranda Sarmento admite que "não é uma medida fácil", tendo em conta que se trata de "um montante orçamental muito expressivo, mas há que sentar com as estruturas e os agentes da autoridade".

Aproximação do Chega a atuais e antigos PSD "não fragiliza" Montenegro

Outro dos temas em debate é o namoro do Chega a atuais e antigos deputados do PSD, casos de Maló de Abreu e Henrique de Freitas, nomes avançados pelo jornal Observador.

Joaquim Miranda Sarmento diz que não comenta "questões individuais" e que "cada pessoa é livre de tomar as decisões que entende", acrescentando que o país é "livre e cada pessoa faz aquilo que entende do ponto de vista político".

O líder parlamentar do PSD diz ainda que este aliciamento do Chega "em nada fragiliza o PSD", considerando que o partido" está bastante unido e bastante motivado para a campanha eleitoral".