Documentos marcados como confidenciais foram descobertos na semana passada na residência privada do ex-vice-presidente norte-americano Mike Pence (2017-2021) no estado do Indiana, de acordo com o seu advogado.
“Os registos adicionais parecem ser um pequeno número de documentos com marcas classificadas que foram inadvertidamente encaixotados e transportados para a casa pessoal do ex-vice-presidente no final do último Governo”, disse o advogado de Pence, Greg Jacob, numa carta enviada na semana passada ao Arquivo Nacional, responsável por preservar esse tipo de material.
O advogado disse que “Pence não sabia da existência de documentos confidenciais ou classificados na sua residência pessoal” e que “entende a grande importância de proteger informações sensíveis e classificadas e está pronto e disposto a cooperar plenamente com o Arquivo Nacional e qualquer investigação apropriada”.
Confrontado com as informações, um porta-voz do Departamento de Justiça recusou-se a comentar o assunto esta terça-feira.
Pence, que ocupou a vice-presidência norte-americana no Governo de Donald Trump, havia dito à agência Associated Press em agosto que não levou nenhuma informação classificada consigo quando deixou o cargo.
Questionado diretamente se havia retido alguma informação confidencial ao deixar o cargo, Pence respondeu: “Não, não que eu saiba”.
Pence é o novo nome a adicionar à lista de ex-governantes que terão mantido em sua posse documentos confidenciais que deveriam ter sido entregues ao Arquivo Nacional.
Também o atual Presidente, Joe Biden, está sob escrutínio por ter mantido documentos confidenciais da época em que era vice-presidente (2009-2017) e senador (1973-2009) na sua residência privada e num escritório.
O antigo chefe de Estado, Donald Trump, quando saiu da Casa Branca levou consigo caixas inteiras de documentos, embora uma lei datada de 1978 obrigue qualquer Presidente a entregar ao Arquivo Nacional todos os seus documentos de trabalho, em que se incluem cartas e mensagens de correio eletrónico.