Escolas católicas dizem que "é inevitável um entendimento" entre professores e Governo
02-03-2023 - 06:01
 • Henrique Cunha

O Presidente da Associação Portuguesa de Escolas Católicas (APEC) diz à Renascença que "não é sustentável" a manutenção da atual situação.

O presidente da Associação Portuguesa de Escolas Católicas (APEC), Fernando Magalhães, considera "inevitável um entendimento" entre Governo e professores.

A manutenção da atual situação "não é sustentável", diz à Renascença o diácono Fernando Magalhães, sublinhando que, embora nenhuma das partes aparente ceder, poderão estar reunidas “as condições de aproximação para um bom entendimento”.

"Há sinais no ar que apontam para alguns sinais de esperança”, diz o presidente da APEC, acrescentando que o seu “desejo profundo é que se atinja um bom entendimento”.

O responsável pelas escolas católicas pede às partes que "estejam neste processo com um profundo sentido de verdade", de modo a permitir “alguma aproximação entre as partes sem abdicar daquilo que se considera absolutamente essencial”.

O presidente da APEC aproveita para pedir uma maior atenção do Estado para o ensino não estatal. Fernando Magalhães lembra que quem opta pelo ensino particular “está a pagar duplamente a educação” porque “paga os seus impostos e paga depois as propinas nas escolas”.

“O Estado precisaria de fazer cair a sua atenção sobre estas escolas de uma forma muito clara, até porque aquilo que estas escolas estão a poupar o erário público é evidente”, sustenta.

O diácono Fernando Magalhães destaca em particular “o trabalho que se faz diariamente [no ensino particular] a favor do ensino e da educação, sempre num quadro de maior estabilidade”.