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Subiu para 447 o número de mortos em Moçambique, consequência do ciclone Idai. O balanço foi atualizado na manhã desta segunda-feira pelo ministro moçambicano da Terra e Ambiente, em declarações aos jornalistas.
Celso Correia salienta que este continua a ser um balanço provisório, porque à medida que as autoridades vão “chegando às áreas mais recônditas, vão recolhendo informação”.
Aumentou também o número de pessoas afetadas, são agora 694 mil, das quais mais de 6 mil pertencem a grupos vulneráveis (idosos, grávidas e doentes). Mais de 128 mil pessoas já foram salvas.
As condições para a assistência às vítimas “estão a melhorar”, garante o ministro, que destaca a reabertura da estrada nacional (EN6) liga Maputo à cidade da Beira.
Serviços essenciais como água e eletricidade estão a ser restabelecidos de forma gradual. “Gradualmente vamos recuperando a normalidade da vida das pessoas”, diz Celso Correia.
Outra das prioridades é mitigar as doenças que começaram a surgir. “Já estamos a registar um grande número de diarreias, mas o sistema de saúde está a dar resposta. Vamos ter malária, vamos ter cólera, com certeza”, admite o ministro.
Por isso, afirma Celso Correia, “o desafio para as próximas semanas é dar uma resposta cabal ao tema da saúde” e garantir que o plano de mitigação destas doenças é posto em prática de forma eficaz.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou que está a preparar-se para enfrentar prováveis surtos de cólera e outras doenças infecciosas, bem como de sarampo, em extensas zonas do sudeste de África afetadas pelo ciclone Idai, em particular em Moçambique.
A ONU elevou a crise de emergência em Moçambique ao mesmo nível da Síria, Iémen e Sudão Sul.
Esta segunda-feira chegaram a Portugal sete cidadãos nacionais repatriados - cinco homens, uma mulher e um jovem de 15 anos -, que foram acompanhados por várias equipas do Instituto Nacional de Emergência Médica de Portugal (INEM) e da Segurança Social.