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A partir da na próxima semana, os Hospitais de Lisboa podem atingir o limite de camas em cuidados intensivos (UCI) para doentes com Covid-19. Quem o admite é o presidente da Comissão de Acompanhamento da Resposta Nacional em Medicina Intensiva.
À Renascença, João Gouveia reconhece que existe a possibilidade de se ter de transferir doentes de Lisboa para outras regiões do país.
“Neste momento, Lisboa tem uma taxa de incidência (RT) elevado e isso repercute no número de casos graves e muito graves que vão para à medicina intensiva. Mas apesar da expansão de camas – face ao início de 2020 - não há recursos humanos para conseguir ter muitas camas abertas e manter a atividade normal”, alerta.
Há mais de 15 dias foi dito aos hospitais para passarem aos níveis seguintes de contingência, devido à subida de casos, e terem à volta de 120/125 camas disponíveis para doentes Covid-19 se necessário.
A taxa de ocupação em unidades de cuidados intensivos para doentes infetados em Lisboa e Vale do Tejo (LVT) é de 72%.
Quanto à vacinação dos mais jovens, João Gouveia acredita que ajudará a aliviar a pressão nos internamentos. “Neste momento, temos um padrão etário muito diferente das vagas anteriores. A maior parte dos internados em medicina intensiva são doentes muito jovens, principalmente abaixo dos 50 anos.”
Na sua opinião, é muito importante vacinar essa camada: Por um lado, são os doentes que estão agora a aparecer; por outro, são aqueles que têm uma mobilidade maior e podem aumentar a transmissão.
Este especialista deixa conselhos de prevenção. Não se juntem em espaços fechados, usem máscara, lavem as mãos, aos mínimos sintomas que se isolem em casa e que evitem ajuntamentos.
“Não há festa ou noitada que justifique uma estadia na medicina intensiva.”
Foi hoje revelado que as pessoas entre os 18 e os 29 anos começam este domingo a ser vacinadas contra a Covid-19 por ordem decrescente de idade.
Mas apesar do aumento do número de casos na região de Lisboa e Vale do Tejo, este responsável acredita que não estamos perante um cenário semelhante ao vivido no início do ano.
Em Portugal, desde o início da pandemia, em março de 2020, morreram 17.112 pessoas e foram registados 887.047 casos de infeção, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.