As reuniões técnicas sobre o Orçamento do Estado prosseguem, este domingo, entre o Governo português e a missão da Comissão Europeia que se encontra em Lisboa.
A principal divergência tem a ver com a redução do défice estrutural: a Comissão Europeia exige que se aproxime do valor prometido pelo Executivo anterior, ou seja, 0,5% e exige 0,6%.
O Governo de António Costa assume no esboço orçamental 0,2% porque considera que um valor superior pode significar mais austeridade.
Numa declaração ao jornal “Público” deste domingo, o primeiro-ministro diz-se convencido de que chegará a acordo com a União Europeia.
“Julgo que chegaremos ao Conselho de Ministros, na quinta-feira, com tudo resolvido com a Comissão Europeia”. E destaca ao diário que “os compromissos eleitorais e com os parceiros de acordo não estão em causa”. Ou seja, o fim das medidas de austeridade não será abandonado pelo Governo já neste Orçamento.
António Costa afirma também que o Orçamento do Estado não estará em causa na viagem que fará na próxima sexta-feira a Berlim, para reunir com Angela Merkel, um encontro para discutir a cimeira dos refugiados.