O Presidente venezuelano foi o primeiro a votar para as eleições da Assembleia Nacional Constituinte este domingo.
As urnas abriram às seis da manhã e a votação de Nicolás Maduro foi acompanhada em directo pela televisão estatal.
Maduro disse que quis ser o primeiro a dar o voto pela paz, soberania e independência da Venezuela.
“Hoje é um dia de recordação, celebração, de comemoração e de compromisso. Temos um legado muito grande a defender. O poder da constituição é um direito político do povo. Se nos querem proibir de votar, vamos votar ainda mais. Não há poder sobre a terra que impeça os venezuelanos de exercerem hoje o seu direito”, afirmou o líder venezuelano.
Mais de 19,8 milhões de venezuelanos estão inscritos para votar nestas eleições que são contestadas pela oposição a Nicolás Maduro, mas também pela comunidade internacional.
A oposição apela ao boicote total e pede aos seus apoiantes para irem para as ruas e dificultarem ao máximo a realização da consulta popular. Vários governos têm dito que não aceitam a legitimidade desta votação e Marcelo Rebelo de Sousa, em entrevista publicada este domingo pelo “Diário de Notícias” junta a voz ao coro de protestos.
O Presidente português diz que este acto eleitoral é uma alteração drástica à aplicação da Constituição e não facilita o diálogo entre o Governo e a oposição. “Temos de convir que isto é uma alteração drástica ao funcionamento normal e aplicação normal da Constituição. Nesse sentido a votação para a assembleia constituinte representa de facto a descontinuidade do calendário eleitoral previsto e não facilita o diálogo entre as partes”.
Em Portugal também estão agendadas manifestações para este domingo à tarde, no Porto, em Lisboa e em Faro.