Pelo menos 13 combatentes e três civis foram mortos hoje em confrontos na província de Daraa, Síria, nos mais severos combates entre as forças do regime e milícias locais desde que a área foi recapturada, anunciou uma ONG.
A província de Daraa foi capturada aos rebeldes pelo exército do Presidente Bashar al-Assad, no verão de 2018, mas por um acordo sem precedentes, os insurgentes derrotados foram autorizados a permanecer e, desde então, o setor tem sido alvo de ataques contra as forças do regime.
As tensões atingiram hoje um novo pico e a região assistiu aos "confrontos mais violentos desde que ficou sob o controlo do regime", de acordo com a organização não-governamental (ONG) Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).
As forças do regime dispararam bombas e tentaram avançar no terreno para atacar Deraa al-Balad, um grande bairro na capital mantido por rebeldes, disse o OSDH, que registou ainda a retaliação por parte de homens armados que procuraram lançar uma contraofensiva.
O OSDH menciona a morte de pelo menos oito soldados diretamente envolvidos, acrescentando que mais de 40 soldados governamentais foram feitos prisioneiros.
Ainda de acordo com o Observatório, disparos de artilharia do regime em diferentes áreas da província mataram cinco combatentes das milícias e três civis, incluindo uma mãe e um filho.
O jornal diário pró-regime Al-Watan noticiou "o início de uma operação militar contra terroristas" que "sabotaram o acordo de reconciliação", referindo-se às iniciativas negociadas entre o regime sírio e os rebeldes.
Localizada no sul da Síria, na fronteira com a Jordânia e Israel, secções da província de Daraa continuam a gozar de relativa autonomia.
Desde 2011, a guerra na Síria matou mais de 500.000 pessoas e forçou milhões de pessoas a fugir.