O presidente da secção regional Norte da Ordem dos Médicos está preocupado pelo facto de vários hospitais do Norte não estarem a cumprir os serviços mínimos decretados para a greve dos enfermeiros.
António Araújo revelou que os centros universitários do Porto e do São João e o Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho não cumpriram os "serviços mínimos", tendo doentes com doença oncológica não sido operados.
Além disso, o responsável pela Ordem dos Médicos na região Norte assumiu ver ainda com "muita apreensão" a situação atual por entender que se estão a "extremar demasiado as posições".
"A Ordem dos Médicos está preocupada com o aumento do discurso de alguns dirigentes associativos de uma classe profissional de saúde que, como já foi afirmado, coloca em causa o relacionamento entre os vários profissionais de saúde", considerou.
Por esse motivo, a Ordem dos Médicos exorta o Governo e as estruturas associativas dos enfermeiros a dialogarem.
Em entrevista à SIC, o primeiro-ministro admitiu uma requisição civil e uma ação judicial contra a bastonária da Ordem dos Enfermeiros.
A bastonária da Ordem dos Enfermeiros, Ana Rita Cavaco, disse estar tranquila quanto à intenção do Governo de avançar com um processo judicial por violação da lei das ordens profissionais.
O secretário de Estado Adjunto da Saúde suspendeu relações institucionais com a Ordem dos Enfermeiros na sequência de posições e declarações da bastonária sobre a greve em blocos operatórios, segundo uma nota enviada à agência Lusa pelo gabinete de Francisco Ramos.
A greve dos enfermeiros decorre desde quinta-feira e estende-se até fim de fevereiro em blocos operatórios de sete hospitais públicos, sendo que a partir de sexta-feira passa a abranger mais três hospitais num total de dez.