Veja também:
- Morreu Jorge Sampaio, o Presidente dos direitos humanos
- Jorge Sampaio. Dez anos de Presidência em 25 fotografias
- Recorde o discurso de Jorge Sampaio quando dissolveu o Parlamento
- Dez memórias de Jorge Sampaio, o Presidente da "bomba atómica" política e da libertação de Timor
O antigo primeiro-ministro Durão Barroso recordou Jorge Sampaio como uma "personalidade realmente empenhada nas causas da democracia", enviando os pêsames à família do antigo Presidente da República, que morreu esta sexta-feira.
"Os meus mais sentidos pêsames para a família de Jorge Sampaio, Presidente da República com quem tive a honra de trabalhar como primeiro-ministro, e que era personalidade realmente empenhada com as causas da democracia e do desenvolvimento social no nosso país e no plano internacional", escreveu na sua conta de Twitter.
Durão foi primeiro-ministro entre 2002 e 2004, tendo deixado essas funções para assumir a presidência da Comissão Europeia.
Em julho de 2004, e depois de muitas audições, Jorge Sampaio considerou que a maioria PSD/CDS-PP tinha condições para assegurar a "estabilidade política", sustentando que a demissão do primeiro-ministro não implicaria eleições antecipadas.
O antigo chefe de Estado deu então posse a um Governo liderado por Pedro Santana Lopes, mas quatro meses e muitos incidentes depois acabaria por dissolver a Assembleia da República.
O antigo Presidente da República Jorge Sampaio morreu hoje aos 81 anos.
O ex-chefe de Estado estava internado desde dia 27 de agosto no Hospital de Santa Cruz, em Lisboa, com dificuldades respiratórias.
Jorge Sampaio foi secretário-geral do PS (1989-1992), presidente da Câmara Municipal de Lisboa (1990-1995) e Presidente da República (1996 e 2006).
Após a passagem pela Presidência da República, foi nomeado em 2006 pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas enviado especial para a Luta contra a Tuberculose e entre 2007 e 2013 foi alto representante da ONU para a Aliança das Civilizações.
Atualmente presidia à Plataforma Global para os Estudantes Sírios, fundada por si em 2013 com o objetivo de contribuir para dar resposta à emergência académica que o conflito na Síria criara, deixando milhares de jovens para trás sem acesso à educação.