Pelo menos cinco pessoas morreram e 40 ficaram feridas esta terça-feira num ataque com mísseis lançado pela Rússia contra várias regiões da Ucrânia, incluindo a capital, informaram as autoridades ucranianas.
Numa mensagem divulgada na plataforma de mensagens Telegram, o ministro do Interior ucraniano, Igor Klimenko, disse que foi confirmada a morte de três pessoas em Kharkiv (nordeste), onde também há 30 feridos.
“Os ocupantes atingiram dois edifícios residenciais”, lamentou Igor Klimenko, que mencionou ainda a existência de 30 feridos em Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia.
Um edifício residencial de vários andares foi destruído parcialmente, prendendo um número até agora ainda desconhecido de pessoas no local, disse o autarca de Kharkiv, Igor Terekhov.
Klimenko também mencionou uma morte em Kiev, onde dois edifícios residenciais e um edifício privado sofreram danos. “Há vários incêndios na capital como resultado do ataque com mísseis”, acrescentou.
“Como resultado do ataque com mísseis a Kiev já temos registo da morte de uma mulher e de quatro feridos”, escreveu o chefe da administração militar da capital, Sergei Popko, que mencionou ainda danos em diversas áreas residenciais.
O autarca de Kiev, Vitali Klitschko, disse, também no Telegram, que nove pessoas ficaram feridas, incluindo um jovem de 13 anos, e que vários edifícios foram evacuados após um míssil não detonado ter sido encontrado num apartamento.
Uma outra vítima perdeu a vida na cidade de Pavlograd, na região de Dnipropetrovsk, no centro do país, enquanto três pessoas ficaram feridas em Buchanski, na região de Kiev, notou ainda Igor Klimenko.
O ataque surgiu horas depois de o chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, ter dito estar confiante num consenso para disponibilizar mais cinco mil milhões de euros para a Ucrânia ao abrigo do Mecanismo Europeu de Apoio à Paz.
Isto depois da UE ter falhado, em dezembro, um acordo para a revisão do quadro financeiro plurianual que incluía um pacote de 50 mil milhões de euros para apoiar a Ucrânia entre 2024 e 2027, devido ao bloqueio por parte da Hungria.
No domingo, Denis Pushilin, líder da autoproclamada República Popular do Donbass – anexada pela Rússia em setembro de 2022 –, acusou as forças ucranianas de causarem a morte de 25 pessoas num ataque contra um mercado em Donetsk.
O exército da Ucrânia negou responsabilidade, garantiu que as forças naquela zona da frente não recorreram em “operações de combate” ao tipo de armas usadas contra o mercado e acusou Moscovo de “difundir desinformação”.